Eu só havia lido e me
informado sobre o parto normal, mas não me preparei para amamentar.
Então a Rebeca já saiu da
maternidade mamando leite artificial.
Porém, ela passou 7 dias com o
intestino preso e comecei a me preocupar. Levei-a em 3 pediatras
diferentes e eles foram uníssonos em dizer: apenas o leite materno
seria capaz de regular o intestino dela, por ser o mais adequado ao
recém nascido.
Assim, passei a frequentar o
Banco de Leite (que em Porto Velho/RO fica no Hospital de Base e
atende gratuitamente), todos os dias, durante uma semana. Passei
tardes cansativas lá, já que mesmo o pós parto normal foi dolorido
em mim, pois havia levado pontos, e também porque a massagem nos
seios dói e o cansaço das noites mau dormidas já incomodava.
Lá
aprendemos a PEGA CORRETA no seio (os lábios do bebê devem
estar virados para fora, fazendo boca de peixinho) e que a LIVRE
DEMANDA era a mais adequada (ou seja, a bebê deveria mamar sempre
que quisesse, sem horários pré definidos), para que minha produção
aumentasse.
Recebi todo o apoio do pediatra e das minhas consultoras
em amamentação (@izabelatmelo e @helenadoulayogi).
Assim, voltei
para casa e a amamentei durante horas a fio, sem intervalo. Ela
passava literalmente o DIA TODO NO PEITO. Eu não saí de casa por
meses. Ela mamava um pouco e dormia, mamava mais um pouco e dormia
novamente, não saía do peito.
Tive dor por 50 dias, mas no fim do
segundo mês já não doía mais. Ela continuou tomando complemento
(leite artificial) por 3 meses (na seringa ou no copinho, nunca na
mamadeira, que pode causar desmame) sempre no final da tarde, quando
eu estava mais cansada.
Ela tinha refluxo fisiológico, mas a
orientação do pediatra nunca foi desmamar, mas sim adotar as
medidas posturais anti-refluxo que foram eficientes no nosso caso.
Aos 3 meses, o pediatra
orientou que tirasse o complemento de leite artificial.
Assim eu fiz,
e a Rebeca mama no peito até hoje (amamentação prolongada e em
tandem, já que mama junto com a irmã mais nova).
Já tentei começar
o desmame, mas como ela demonstrou sofrimento, desisti.
Consegui
amamentar não por mérito meu, mas por 4
fatores primordiais:
1) a Rebeca sempre gostou MUITO de mamar (mesmo
após tomar leite artificial chorava para voltar para o peito), tanto
que até hoje gosta de
mamar;
2) tive muito APOIO da família e de profissionais especializados em
amamentação;
3) ela não usava bicos artificiais: mamadeira ou
chupeta (nada contra quem usa, mas é importante saber que eles podem
causar confusão de bicos e levar ao desmame precoce) e
4) me
informei muito: assisti todos os vídeos do YouTube @amamentareh e li
muito sobre amamentação.
Conto nossa história para encorajar
outras mães a persistirem na amamentação, que no início pode ser
MUITO difícil, mas que vale muito o esforço, pois possui inúmeros
BENEFÍCIOS para a mãe e para o bebê (tema para outro post!).
Beijos a todos!