Talvez o post de hoje só quem já é mãe vá entender...

Visitando um blog sobre maternidade indicada por uma amiga do Bello Parto, li esse post e gostei muito:


Ele fala da necessidade que o bebê tem de estar sempre junto ao seio materno, e como muitas vezes não temos tempo ou paciência para atender a essa necessidade e acabamos encontrando outros meios, como a mamadeira e a chupeta, para atendê-los...

Longe de mim recriminar quem dá chupeta ou mamadeira para seus bebês, já que eu sei que eles podem dar um "sossego" para a mãe nesse início tão conturbado ou até mesmo ajudar a mãe que está passando por algum momento difícil, como doenças, por exemplo!! 

Eu mesma tentei dar chupeta para a minha filha, mais por incentivo dos que me cercavam do que por necessidade.. Ela gostava de ficar grudada no peito e por muitas vezes minha mãe ou alguma amiga pegava a Rebeca e tentava, em vão, fazer com que ela se acostumasse com esse acessório, a fim de que eu tivesse algum tempo para tomar banho ou comer algo com um pouco mais de tempo... 

A mamadeira eu usei, assim que ela nasceu, por achar que não tinha leite suficiente para ela, e durante uns 40 dias a Rebeca mamou mamadeira no final do dia, até que ela começou a vomitar porque estava hiperalimentada e eu tirei... Mas sempre que ela terminava a mamadeira, queria voltar para o aconchego do meu colo, junto aos meus seios, para se sentir em paz... 

No início foi muito difícil entender que tudo o que minha filha queria estava no meu colo: o aconchego e carinho materno, além do leite quentinho do peito da mamãe. Eu queria continuar a rotina de sempre, comer nos horários comuns, passear, tomar banho com calma, dar atenção ao marido.. Mas tinha, agora, uma garotinha que não me largava mais!!! Rs



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Hoje, lembrando de quando a Rebeca era recém nascida, tenho muitaaaa saudade dela grudada em mim e da sua necessidade de estar sempre comigo! Mas hoje me orgulho em dizer que consegui curtir esses momentos em que tudo o que ela necessitava era estar junto a mim! Enfim, cedi ao tempo e às necessidades dela, e passei, por meses, meus dias quase que inteiros sentada no sofá da minha casa ou na poltrona da amamentação, dando de mamá pra ela e esperando ela dormir enquanto eu via TV, falava com minhas amigas no celular ou simplesmente a admirava... 

Algo me dizia, uma intuição, talvez, que eu tinha que aproveitar aqueles momentos de dedicação exclusiva à minha filha e aquele tempo dedicado somente à maternidade e à amamentação, porque em seis meses eu voltaria ao trabalho e não teria mais esse tempo pacífico para ficar com ela. No fundo do meu coração eu sabia que eu poderia sentir falta desse aconchego quando ela fosse maior... 

E foi isso o que aconteceu!!! Com cinco meses e meio comecei a "treinar", deixando minha filha por algumas poucas horas com a minha mãe, para que ela se acostumasse com o novo ambiente e a ficar longe de mim... Ela não sofreu, graças a Deus, porque quando ela chorava eu voltava correndo pra ela. Já eu, sofri muito e chorei escondida, já que sabia que ela se tornaria cada vez mais independente de mim dali pra frente. Hoje ela fica longe de mim numa boa, e sei que é para o bem dela. 

Fico tranquila porque aproveitei os primeiros momentos com minha filha, quando tudo o que ela queria era ficar coladinha comigo, sem nem me deixar ir ao banheiro direito!! Rs

Então, fica a dica às minhas amigas mães, se puderem e tiverem esse tempo, aproveitem, se acalmem, não se desesperem, porque esse "grude" inicial do bebê com a mãe passa.. como todas as fases deles!!! E como eles crescem rápido!! Parece que foi ontem que peguei minha bebê pela primeira vez nos braços!!

Claro que tive ajuda da família para me alimentar e para cuidar de mim, já que não podia passar muito tempo preparando minhas refeições ou cuidando da casa.

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"Para amamentar um filho é preciso muito mais que um par de seios. É preciso dois braços que sustentem os nossos, enquanto carregamos nosso bebê em seus sonhos. Dois olhos que observem sem prejuízos, enquanto nosso olhar perde-se no sorriso de nosso filho. Carícias suaves que possam nos sarar, quando as feridas doerem. Palavras que nos encham de valor, quando estamos ao ponto de fraquejar. Necessitamos um abraço longo e sem pressa, quando a solidão da noite nos devora. É preciso um mundo que espere por nós, enquanto nos damos de mamar para nossos filhos. E depois, voltaremos, iguais, porém melhores."

Paula Napolitano// tradução livre por Zioneth


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